Dois casos diferentes de evolução

Quando um treinador tem qualidade transforma os seus jogadores em prol do colectivo

João Moutinho e Carlos Martins foram titulares neste último jogo da nossa selecção e são, fundamentalmente, jogadores diferentes se quisermos comparar com um passado recente! O primeiro que joga agora de Dragão ao peito tem 24 anos, mas a sua maturidade dentro de campo é algo impressionante. André Villas-Boas potenciou todo o seu talento, dando-lhe motivação e, acima de tudo, especializando-o numa só posição. No Sporting, este jovem jogador era uma espécie de todo o terreno que, caso fosse necessário, desempenhava qualquer função e aos 90 minutos de jogo era capaz de fazer um sprint até à sua área para tentar o desarme. Felizmente para ele, neste momento, nota-se perfeitamente que houve uma evolução nesse mesmo capítulo e João Moutinho, mesmo recuperando imensas bolas como é bem evidente, já consegue gerir muito melhor o seu esforço, podendo assim dar muito mais à sua equipa em todos os momentos do jogo! A sua qualidade no passe, é raríssimo vermos Moutinho falhar um passe, e toda a sua excelente cobertura dos espaços saltam de imediato à vista de todos e até eu que nunca fui grande fã deste jogador tenho agora que lhe dar mérito – trata-se assim de um caso de especialização e, portanto, de evolução!

Já Carlos Martins é, claramente, um caso diferente. Não por jogar de vermelho e branco, mas sim porque o seu problema assenta noutro prisma, prisma esse que faz parte da sua personalidade. A agressividade do seu jogo, por vezes, prejudicava-o imenso e o seu temperamento levou-o ao insucesso em algumas épocas no passado. Mas agora com Jorge Jesus como seu treinador, este aspecto parece ter sido ofuscado por toda a sua qualidade e, para o bem do futebol nacional, esperemos que tudo continue assim! O seu remate colocado e fortíssimo e toda a sua garra dentro de campo, que, quer se queira quer não, envolve toda a equipa e consegue catapultá-la nos momentos mais complicados, são os pontos fortes do médio português que parece ter "acordado" com o seu novo técnico! E já que toquei neste ponto, não posso terminar sem deixar de destacar a importância que Jorge Jesus teve e tem no desenvolvimento individual dos jogadores. Dí María, Fábio Coentrão, David Luiz e Carlos Martins são quatro grandes exemplos desse mesmo papel importantíssimo do treinador português de 56 anos. O talento destes quatro futebolistas já estava presente como é óbvio, mas era necessário alguém inteligente com a chave correcta para lhes poder abrir a porta do sucesso!

3 comentários:

Anónimo disse...

Quanto ao Carlos Martins, para mim e das melhores epocas que esta a fazer,contando com a do ano passado e esta, espero bem que continue assim... Com estes 2 jogadores o meio-campo de Portugal fica fortissimo, pois ambos se compensam....

Quanto ao Moutinho, so tenho uma coisa a dizer:

TU AQUI VAIS JOGAR,
TU AQUI VAIS JOGAR,
PARA GANHAR,
SER CAMPEAO,
SER CAMPEAO,
JOAO MOUTINHO,
JOAO MOUTINHO,
JOAO MOUTINHO.

Marco disse...

gostei do artigo porque isso é realmente a verdade dos factos, nestes 2 casos a evolução foi notória muito devido aos treinadores

abraço

Tiago Nogueira disse...

Olá,

Os treinadores têm sempre um papel decisivo no futuro dos seus jogadores, isso é algo evidente!

Um grande abraço para os dois