
Os campeões nacionais começaram este campeonato da pior maneira possível, em dois jogos contabilizam duas derrotas frente à Académica e frente ao Nacional, adversários que seriam para dar pontos à equipa de Jesus e não para tirar! Mas o mais preocupante destas duas derrotas está no facto do Benfica ser incapaz de reagir a um golo sofrido. É certo que no ano passado os primeiros minutos das águias eram completamente sufocantes e eram quase sempre traduzidos em golos, mas neste início de época não estamos a assistir a tal coisa, talvez porque a instabilidade é muita e a eficácia é pouca! E o mais importante para evoluir é a estabilidade dentro de um balneário. Há um ano o sector mais recuado das águias foi um dos pilares de sucesso, mas se o guarda-redes Roberto não ajudar a segurar a estrutura, esta arrisca-se a desmoronar e por mais golos que se façam na baliza contrária, haverá encontros durante a temporada em que não os sofrer poderá fazer toda a diferença!
Deixar Roberto no banco durante dois ou três jogos, para que este consiga desanuviar e retirar de cima de si toda a pressão que se instaurou a seu redor, parece-me fundamental para que este jovem espanhol não se auto-destrua em definitivo, esta é a minha opinião em relação ao famoso “caso Roberto”! O Benfica entende os 90 minutos do jogo sempre da mesma forma. Jorge Jesus pretende um futebol a um ritmo sempre alucinante, quer marcar golos a cada minuto que passa. Tem, por isso, uma ideia de jogo muito forte, mas ao mesmo tempo muito desgastante a todos os níveis e quando o objectivo assenta em vencer, vencer, vencer, na maioria das vezes quando se sofre o primeiro golo a equipa acaba por entrar num túnel de pessimismo, sendo muito mais complicado para ela entrar novamente no jogo e voltar à ideia do treinador com a mesma confiança!
Perdendo o jogador mais desequilibrador, Di Maria, e o mais equilibrador, Ramires, equilibrador no sentido de dar equilíbrio e consistência à equipa nas diferentes fases do jogo, o futebol entra, obrigatoriamente, noutro prisma, prisma esse que terá de ser compreendido de uma forma diferente por Jorge Jesus! O 4x3x3 da pré-época com Javi, Martins e Aimar no meio-campo e com Jara, Cardozo ou Alan Kardec e Saviola no ataque parece-me uma alternativa saudável tendo em conta a forma como o Benfica encara uma partida de futebol. Franco Jara e Javier Saviola muito móveis e a deambularem na frente de ataque, queimando também as investidas dos laterais contrários, fazendo lembrar Eto’o e Pandev na meia-final da Champions frente ao Barcelona seriam importantes para fazer “esquecer” os desequilíbrios do mago argentino, Di María e os equilíbrios da gazela brasileira, Ramires. Não há clones técnicos, muito menos tácticos, portanto só resta a Jesus compreender que a estratégia a assumir passa por uma dinâmica diferente da do ano passado, muito mais do que um simples sistema onde quem manda são os jogadores e as suas características!

4 comentários:
Di Maria e Ramires são jogadores fantásticos!!! mas n acredito em jogadores insubstituiveis, gaitan parece-me bom e salvio ainda melhor, veremos o que o futuro dirá
abraço t nogueira, bom post
Caro Anónimo,
Na minha opinião, existem mesmo jogadores insubstituíveis, é uma questão conceptual. A falta de um jogador, resolve-se com um jogador efectivamente...diferente!
Um grande abraço
Caro Nogueira,
Acho que há uma pequena contradição no teu comentário...
Primeiro dizes que há jogadores insubstituíveis, mas depois dizes que a falta de um jogador é compensada com outro efectivamente... diferente.
Mas isso é a base da "insubstitualidade", ou seja, "quem não tem cão, caça com gato"
Caro João,
Ou tu me interpretaste mal ou eu não me expliquei da melhor forma, uma vez que o que está aqui em causa é mesmo a existência de jogadores, efectivamente, insubstituíveis! Dado que se tu pretendes realmente substituir algum jogador com outro (DIFERENTE) é porque esse mesmo jogador é insubstituível e proporcionava à equipa coisas "únicas"! É uma questão conceptual na minha opinião. A saída de um jogador resolve-se com um jogador... diferente!
Um grande abraço
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