Jovens Promessas

Fernando Muslera, actualmente na Lazio.

Nome: Fernando Muslera
Nacionalidade: Uruguai
Idade: 24 anos (1986-06-16)
Clube: Lazio
Posição: Guarda-redes
Altura: 1.90m
Peso: 77 kg

Muslera iniciou a sua carreira profissional no Montevideo Wanderers, em 2004. Após exibições recheadas de qualidade com a camisola do Wanderers, o Nacional de Montevideo optou por contratar este jovem guarda-redes em 2006 a título de empréstimo. Apesar de ter jogado pouco pelo Nacional, a sua qualidade saltou de imediato à vista e despertou o interesse de grandes clubes como o Benfica, Juventus, Lazio, Arsenal, entre outros. Este uruguaio de 24 anos foi contratado pela Lazio no Verão de 2007, a equipa italiana pagou 3 milhões de euros pelo passe do jogador! A melhor exibição que pude assistir de Fernando Muslera foi em 2009, na Supertaça Italiana jogada em Pequim, numa vitória por 2-1 frente ao Inter de José Mourinho, onde o uruguaio "deu" claramente a vitória à sua equipa com uma mão cheia de fantásticas defesas!

Óscar Tabárez, seleccionador do Uruguai, confia a 100% neste guarda-redes. No Mundial 2010, ele brilhou na baliza do seu país e foi um dos grandes pilares da "selecção-surpresa" que conseguiu alcançar o 4º lugar na competição. Muslera é muito bom no jogo aéreo, veloz a atacar a bola, fora ou entre os postes, e revela uma grande segurança. Os seus reflexos são fantásticos e a sua elasticidade é algo invulgar! Ele teve uma ascensão muito rápida na carreira, fruto do seu enorme potencial. Só mesmo para terminar, gostaria de acrescentar uma pequena curiosidade, o aniversário de Muslera coincidiu com o segundo jogo do Uruguai no Mundial frente à África do Sul e Tabárez ofereceu-lhe a melhor prenda possível, a titularidade!

Uma Década de conquistas especiais

Sinto-me um privilegiado por viver na era José Mourinho!

Dez anos de José Mourinho são, obrigatoriamente, dez anos especiais recheados de conquistas. José Mário dos Santos Mourinho Félix nasceu em Setúbal a 26 de Janeiro de 1963 e é filho de um ex-guarda-redes português, Félix Mourinho. José Mourinho nunca conseguiu seguir uma carreira de futebolista como o pai, teve algumas tentativas mal sucedidas em clubes menores, mas desde muito cedo mostrou uma habilidade inata para organizar e preparar os relatórios das equipas do pai. Em meados da década de 90, foi contratado para trabalhar com o técnico inglês Bobby Robson, no Sporting Clube de Portugal. Mourinho ganhou aí a alcunha de Tradutor e manteve-se o braço direito do treinador inglês quando ele se mudou para o FC Porto e mais tarde para o Barcelona. No dia 20 de Setembro de 2000, há exactamente 10 anos, surgiu a oportunidade de treinar uma equipa portuguesa, foi o escolhido para comandar o Sport Lisboa e Benfica após a 4ª jornada da Liga Portuguesa. Quando José Mourinho começou a conquistar os adeptos benfiquistas (especialmente depois da vitória contra o rival Sporting por 3-0) houveram eleições no Sport Lisboa e Benfica. Mudou a presidência de João Vale e Azevedo para Manuel Vilarinho. Mourinho saiu assim do Benfica, mas ainda durante essa época assumiu o comando da União de Leiria, onde se manteve até Janeiro de 2002.

Nesse mês, foi escolhido para substituir Octávio Machado no comando técnico do FC Porto e à chegada Mourinho prometeu com invulgar certeza o título na época seguinte. Com o rigor táctico, a paixão, a organização e a determinação de Mourinho o Porto cresceu em Portugal e na Europa. Em dois anos venceu duas competições europeias – Taça UEFA contra o Celtic de Glasgow e Liga dos Campeões contra o Mónaco – e os dois campeonatos nacionais. Após o seu brilhante trabalho no Porto, Roman Abramovich, presidente do Chelsea, decidiu contratá-lo em Junho de 2004 e José Mourinho tornara-se assim um dos treinadores mais bem pagos do Mundo, ganhando cerca de 6 milhões de € por ano. A 30 de Abril de 2005, Mourinho fez história, sagrando-se campeão inglês após vencer o Bolton por 2-0. O Chelsea não ganhava a Premier League há 50 anos. Apesar de tudo isto, para muitos, Mourinho ficou assombrado pelo dilema da Champions League, uma vez que o técnico português foi eliminado por duas vezes nas meias-finais da competição frente ao rival Liverpool, em 2004/2005 e em 2006/2007. Já em 2005/2006 caiu aos pés do gigante Barcelona nos oitavos-de-final numa eliminatória recheada de polémica. Mesmo assim e na minha opinião, é notável todo o seu trajecto na Champions desde o FC Porto até agora. A 20 de Setembro de 2007, José Mourinho e o Chelsea chegaram a mútuo acordo para a rescisão de contrato. Apesar disso, a sua popularidade no clube londrino é tal que ainda hoje, em Stamford Bridge, vê o seu nome entoado em cântico, não sendo raro Mourinho ser clamado para regressar ao clube inglês!

Após algumas semanas em que circularam rumores de que seria treinador do Inter de Milão, a sua contratação foi oficializada a 2 de Junho de 2008. De salientar um aspecto curioso relacionado com a apresentação do "special one" no Inter: Mourinho não quis dizer que era especial. Antes quis realçar que quem era verdadeiramente especial era o próprio Inter, lembrando para isso a grande importância que o clube detém na história do futebol, ao contrário do Chelsea, o seu anterior clube. Em Itália, Mou ganhou tudo o que havia para ganhar e no dia 22 de Maio de 2010 conquistou a Champions League pela segunda vez na sua carreira, vencendo na final o Bayern Munique de Van Gaal por 2-0. José Mourinho tornou-se assim o primeiro treinador de sempre a fazer o “triplete” por duas vezes, ou seja, vencer o Campeonato Nacional, a Taça e uma Competição Europeia. Na época 2002/2003, com o FC Porto, conquistou a Liga Portuguesa, a Taça de Portugal e a Taça UEFA e na época 2009/2010, com o Inter de Milão, ganhou o Campeonato Italiano, a Taça de Itália e a Liga dos Campeões! Actualmente, o treinador português vai encantando no Santiago Bernabéu, mostrando que em apenas dez anos a sua ascensão foi meteórica. Só a título de curiosidade, na sua infância José Mourinho baptizava os seus cães com nomes de jogadores de futebol. Um deles recebeu o nome do lendário jogador holandês Ruud Gullit.

Ser o melhor é ganhar 17 troféus em dez anos de trabalho, é estar frequentemente no centro das atenções. É, fundamentalmente, ser diferente de todos os outros!

Palermo, uma equipa misteriosa

Javier Matías Pastore, o patrão de Palermo

O Sparta de Praga iniciou, esta quinta-feira, o seu percurso no Grupo F da Liga Europa da melhor maneira, vencendo o Palermo por 3-2. Praga é a capital da República Checa e foi também, no dia de ontem, a capital da injustiça para Javier Pastore e os seus companheiros. A primeira parte do jogo acabou por ser minimamente equilibrada, sendo que o Sparta teve um ligeiro ascendente, uma vez que a equipa italiana utilizou por diversas vezes o passe longo em busca de Abel Hernandez ou Maccarone nas costas dos defesas contrários, tornando assim o seu processo ofensivo demasiado previsível. Já no segundo tempo, o rumo dos acontecimentos sofreu significativas alterações e a formação orientada por Delio Rossi assumiu, verdadeiramente, o controlo do jogo e teve à sua disposição imensas oportunidades para marcar. Infelizmente, não conseguiu ser eficaz e acabou por sofrer dois golos quase seguidos, uma injustiça mesmo ao jeito do imprevisível desporto rei!

Falando um pouco mais sobre as duas equipas, posso dizer que do lado da formação checa e não me querendo alongar muito sobre ela, Kladrubský esteve bastante endiabrado durante todo o encontro e demonstrou ser uma peça chave nos desequilíbrios da equipa. Já do outro lado, há um argentino de nome Javier Pastore cuja qualidade é proporcional ao seu tamanho. O seu toque de bola requintado está num outro patamar e o argentino é, de longe, o melhor jogador da sua equipa, ele carrega o seu Palermo às costas. Sinceramente, Pastore merecia pisar outros relvados, relvados esses que estivessem associados a uma Champions League e não a uma Liga Europa! O 4x1x3x2 da equipa italiana é bastante dinâmico, mas o seu bloco médio-baixo pecou um pouco na coesão e os demasiados espaços deixados entre-linhas foram a grande consequência dessa mesma lacuna. Esta equipa tem sempre no seu lateral-esquerdo, Federico Balzaretti, uma hipótese fortíssima para o início da construção dos seus ataques. É necessário também referir que Pastore e Balzaretti demonstraram um grande entendimento, dado que o médio-ofensivo descai, preferencialmente, para o flanco esquerdo e aí entende-se às mil maravilhas com o lateral. Com as jogadas rápidas e eficazes de entendimento entre os dois os desequilíbrios são facilmente criados e a equipa adversária fica, automaticamente, desorganizada defensivamente!

Que espectáculo em pleno Estádio do Dragão

Quando a confiança está no TOPO torna-se mais fácil conjugar o verbo ganhar

O encontro de ontem à noite, onde o FC Porto venceu o Braga por 3-2, só pecou por uma coisa. Ter durado somente noventa minutos, uma vez que foi muito mais do que um simples jogo de futebol, foi um espectáculo recheado de emoção e qualidade. Sinto-me um privilegiado por poder ter assistido ao vivo a este magnífico jogo. Acho importantíssimo realçar, antes de tudo, o aspecto emocional da equipa portista, TODOS acreditaram até ao fim que era possível alcançar a felicidade, vencendo o encontro, e só assim se consegue atingir os objectivos mais complicados, acreditando cegamente nas nossas competências! Para quem assistiu ao jogo e para quem reparou na forma como os jogadores do Porto reagiram aos dois golos sofridos penso que estiveram sempre cientes de que esta equipa iria sair daquele estádio com os três pontos, quando os índices de motivação e confiança estão bem lá em cima, como é o caso, tudo parece ficar mais simples. Muito mais do que jogar bem, o FC Porto possui uma inteligência emocional espantosa e isso foi fundamental no jogo de ontem! Passando à equipa comandada por Domingos Paciência, posso afirmar que é, na minha opinião, um candidato ao título, marcar dois golos no Dragão, estando por duas vezes a vencer, bater-se de igual para igual no estádio de uma equipa tão motivada como é a de Villas-Boas, dosear na perfeição o tempo para defender ou para explodir em contra-ataque são, de facto, motivos mais do que evidentes para os adeptos bracarenses sentirem orgulho e acreditarem que é possível alcançar o título! Mas, acima de tudo, penso que algo extraordinário e muito difícil de se ver no futebol actual é mesmo a eficácia desta equipa minhota. Não precisa ter muitas oportunidades de golo para marcar, se tiver 4 ou 5 por cada jogo pode muito bem fazer 2 ou 3 golos e isso é algo que encanta qualquer treinador!

A lição foi bem estudada por Domingos Paciência e o Braga esteve organizado a nível defensivo, defendendo quase sempre com todos os jogadores no seu meio-campo, com Luís Aguiar muito próximo de Lima, juntamente com Alan e Paulo César a formarem uma linha de quatro homens na pressão ao início do processo ofensivo portista, cortando quase todos os espaços. Com isto foi bem visível a dificuldade para a equipa orientada por André Villas-Boas conseguir sair a jogar de forma rápida e segura, nem mesmo a descida de João Moutinho para romper a primeira linha de pressão bracarense era suficiente. Sendo assim, foi possível observar Rolando a assumir as responsabilidades no início da construção e, infelizmente para o Porto, o primeiro passe do internacional português saía quase sempre mal! Mas se o colectivo não funciona tão bem é necessário recorrer às individualidades e aí é Hulk que aparece na maioria das vezes. Este jogador brasileiro é o jogador do onze inicial portista mais “contra o colectivo”, mas quando tem espaço para embalar é bastante difícil pará-lo, pois a requintada técnica aliada à sua velocidade estonteante levam muitos dos seus adversários à insanidade mental. Mesmo assim, acho importante abordar o facto da pouca inteligência no seu jogo, por vezes fiquei a pensar até que ponto o encontro de ontem não seria “Hulk VS Braga”. Levantar a cabeça, entender que o seu companheiro de equipa tem mais facilidade para o remate do que ele e perceber até que ponto o passe não será melhor do que o drible ou o remate são, como é óbvio, coisas pouco complicadas, mas que Hulk ainda sente algumas dificuldades em entender. Não obstante do seu ENORME potencial!













O Braga não tem como princípio do seu jogo chegar em organização à baliza adversária, não quer nem precisa de muita circulação para conseguir tal coisa, aposta na objectividade e na velocidade. Para isso, possui Leandro Salino e Alan, dois especialistas a iniciarem ataques rápidos, sabem quando devem continuar velozmente em posse ou então quando devem fazer o passe longo, aproveitando a velocidade dos seus colegas de equipa. Para terminar, acho importante realçar a qualidade do avançado da equipa da casa, Radamel Falcao não marcou nenhum golo ontem à noite, mas foi tão ou mais importante do que Varela ou Hulk. A maneira como ele consegue escapar aos seus adversário é impressionante e é, ao contrário de Hulk, um jogador que potencia e de que maneira o colectivo. A sua inteligência demonstrada em alguns pormenores no encontro de ontem, como por exemplo no lance do remate de Ruben Micael por cima. Grande parte dos avançados naquela situação recebiam a bola e tentavam de imediato o remate. O colombiano não, reparou que tinha o Ruben a entrar nas suas costas e deixou a bola passar para o português fazer o remate, foi pena a bola ter ido por cima, mas ficou a intenção de Falcao, demonstrando mais uma vez que o seu egoísmo típico de um avançado é bastante reduzido, potenciando com isso o JOGAR da sua equipa! A meu ver, Radamel é o melhor avançado da Liga Portuguesa e um dos melhores a jogar na Europa, é quase perfeito na recepção e na condução da bola, afinal… o incrível nasceu na Colômbia!

O final de um ciclo, capítulo Carlos Queiroz

Será que era no seleccionador que habitava o problema?

Concordando ou não com o despedimento, penso que é obrigatório falar um pouco dos últimos anos da nossa equipa lusa, desde Scolari a Queiroz! Carlos Queiroz levou-nos ao Mundial 2010 na África do Sul, primeiro objectivo cumprido. Empatamos a zero com um sempre muito poderoso Brasil na fase de grupos, acabando assim por passar aos Oitavos, segundo objectivo cumprido. Aí, caímos aos pés da Espanha que, curiosamente, é agora a Campeã do Mundo. O ex-seleccionador nacional apresentou resultados sim, não apresentou foi excelentes resultados, mas também não se pode pedir tal coisa quando a diferença de qualidade entre algumas selecções é digna de referência! A forma como ele colocou algumas peças dentro do terreno de jogo e a maneira como encarou o encontro com a Espanha é sempre questionável, mas ele não merecia ter sido tratado assim, não só pelo que já fez pelo futebol português, mas também pelo que representa no estrangeiro, ele é uma grande referência do futebol nacional em vários países e já conquistou títulos bem importantes! Vendo bem a nossa formação, com um meio-campo tão pouco competente e sem um lateral-direito e um ponta-de-lança à altura de uma fase final de um Campeonato do Mundo não há equipa que resista a muito mais.

Queiroz não é o melhor do Mundo nem dos melhores do Mundo como é óbvio! Mas analisando friamente, a nossa selecção a nível de talentos individuais e de processos adquiridos (via clubes) está uns degraus abaixo da que chegou à final do Euro 2004 por exemplo, portanto não é legítimo pedir a Queiroz o mesmo que se pediu a Scolari! Costinha, Maniche e Deco jogavam quase de olhos fechados no meio-campo do FC Porto de José Mourinho e na selecção portuguesa de Scolari. Já para não falar que jogadores como Rui Costa, Pedro Pauleta, Luís Figo, João Vieira Pinto não voltam mais e há que ter consciência do que temos AGORA e do potencial que outras selecções têm também! Olhando, por exemplo, para a selecção espanhola é fácil de entender que a dinâmica utilizada é a dinâmica de um Barça de Guardiola quase imbatível e com princípios e sub-princípios de jogo mais do que assimilados! Neste último Mundial, tivemos em Cristiano Ronaldo, Pepe e Ricardo Carvalho os únicos com o rótulo de "jogador TOP", sendo que depois apareceram duas “surpresas”: Eduardo e Fábio Coentrão! Comparar isto a Xavi, Iniesta, Pedro, David Villa, Fernando Torres, Sérgio Ramos, Piqué, entre outros, é como comparar UHF a Coldplay, algo impensável!

Infelizmente, vai ser bastante difícil voltarmos a viver este tipo de emoções num futuro próximo!

Jovens Promessas

Neven Subotic, actualmente no Borussia de Dortmund.

Nome: Neven Subotic
Nacionalidade: Sérvia/Estados Unidos
Idade: 21 anos (1988-12-10)
Clube: Borussia de Dortmund
Posição: Defesa-Central
Altura: 1.93m
Peso: 85 kg

Neven Subotic nasceu numa pequena aldeia perto de Banja Luka na Bósnia, ainda com cinco anos mudou-se com a sua família para a cidade de Schomberg, na Alemanha. Ele começou a jogar futebol com sete anos no TSV Schwarzenberg, até que em 1999 voltou a mudar de residência, agora para os Estados Unidos, mais especificamente para Salt Lake City. Neven foi observado por técnicos dos EUA e integrou a equipa nacional Sub-17, onde foi visto por olheiros de uma equipa alemã, o Mainz. O sérvio foi submetido a alguns testes por parte da equipa técnica e depois de os ter impressionado com o seu poderio físico e com todas as suas interessantes características acabou por ser contratado! Após dois anos no Mainz, o Borussia de Dortmund antecipou-se a vários clubes e conseguiu adquirir este excelente jogador.

Uma das grandes promessas no que diz respeito a defesas-centrais do universo futebolístico, Neven Subotic é um central sérvio de 21 anos com um físico assustador, digno de referência (1,93m e 85 kg). Este jovem central é muito rápido no desarme e muito forte no jogo aéreo, dando uma maior segurança nas bolas paradas defensivas e criando desequilíbrios nas bolas paradas ofensivas! Subotic joga com o pé direito e tem uma enorme capacidade para se antecipar aos seus adversários. Actualmente, brilha de forma imperial na defesa do Dortmund e juntamente com Nemanja Vidic forma uma temível dupla de centrais na selecção sérvia. Tenho a certeza que daqui a um ou dois anos no máximo, este jovem jogador irá estar a jogar num outro clube com um patamar de qualidade superior, não menosprezando com isto o Borussia nem o futebol alemão como é óbvio!

Portugal sofre quatro golos do Chipre, inaceitável

O que já era esperado aconteceu, o piloto automático deu erro

A nossa selecção empatou 4-4 com o Chipre, um resultado vergonhoso como é óbvio, dado que nós possuímos jogadores muito mais evoluídos a todos os níveis e estamos noutra dimensão futebolística, mas os números do marcador são, de facto, MUITO preocupantes! Apesar do resultado, é preciso também realçar que a nossa selecção não teve a sorte do jogo e que podia ter ganho o desafio com naturalidade e justiça, mas marcar quatro golos a uma selecção como o Chipre e não vencer o encontro é, no mínimo, inaceitável! Os jogadores portugueses tiveram os seus índices de concentração baixíssimos na maior parte do tempo no jogo desta noite, só assim se explicam os quatro golos sofridos frente a um adversário como o Chipre. Os cipriotas raramente conseguiram chegar à baliza portuguesa em organização, os contra-ataques com as bolas a surgirem nas costas da defesa da nossa selecção são o prisma atacante da selecção cipriota e são neles que assenta a única arma ofensiva do nosso adversário desta noite. E aqui sim, entram dois factores muito importantes para explicar os quatro golos sofridos: o primeiro baseia-se na desconcentração nada comum na equipa portuguesa e que resultou em erros infantis de jogadores que não os costumam cometer, o segundo assenta nas transições defensivas péssimas da selecção nacional, tendo em conta que a velocidade imprimida pelos cipriotas não deveria ter incomodado tanto esta formação como incomodou! Já Ricardo Quaresma teve de esperar por lesões alheias para comprovar que é o português mais inspirado do momento, apesar de todo o seu temperamento.

A colocação de Manuel Fernandes deixa-me, verdadeiramente, a pensar se Miguel Veloso ou mesmo João Moutinho não seriam melhores soluções, pensando que no 4x2x3x1 a dupla de médios à frente da defesa necessita de velocidade no pensamento e na execução, reactividade, e bom sentido posicional, algo em que Manuel Fernandes não é, claramente, forte. Apesar do seu grande golo de fora da área, nada disto consegue ser colmatado, pois as suas características e a sua passividade prejudicaram o funcionamento defensivo e ofensivo da equipa. Quanto ao nosso lateral-direito, Miguel ou Sílvio? Penso que é mais do que óbvia a falta de forma do jogador do Valência e o grande momento do jovem bracarense, talvez a sua inexperiência e o seu nervosismo admitido fez o técnico pensar duas vezes. Necessário também é realçar o facto da dinâmica ofensiva da equipa ter sido boa, com a bola a correr o campo todo numa circulação segura e rápida, criando bastantes desequilíbrios na zona de pressão cipriota, admitindo também que a basculação defensiva do nosso adversário foi quase sempre feita de forma péssima. Mas acima de todas as opções técnicas, é extremamente importante destacar a intranquilidade e a enorme pressão que os jogadores de Portugal demonstraram, fruto do ambiente complicado e angustiante que se tem sentido nos últimos tempos no ceio da nossa selecção, algo que eu prefiro nem abordar, pois a cobardia de alguns membros da Federação é lamentável!