Esta foi uma tarde cheia de golos no Emirates Stadium, onde o Arsenal recebeu e venceu o Blackburn Rovers por 6-2. Os visitantes começaram por marcar cedo e estiveram na frente do marcador por duas vezes, só que os londrinos quando exploram todo o seu potencial e metem em prática toda a sua dinâmica são uma autêntica máquina de fazer golos e acabaram por marcar mais seis neste jogo. Apesar de o Arsenal ter marcado por seis vezes e de ter realizado uma excelente exibição, principalmente na segunda parte, tenho que realçar a permeabilidade defensiva desta equipa, em alguns momentos do jogo, principalmente quando o adversário jogava mais em profundidade os pupilos mais recuados de Wenger demonstraram algumas dificuldades para acompanhar os avançados contrários ou então para utilizar a arma do fora-de-jogo da melhor forma.
Neste jogo, sem dúvida alguma, quem compensou e equilibrou a zona mais recuada da equipa da casa foi Song, sempre muito concentrado e lutador, com um jogo posicional incrivel e com uma capacidade de desarme tremenda! Mas se quero falar de destaques individuais então tenho mesmo que realçar Cesc Fabregas, o melhor jogador em campo, fez quatro assistências e marcou um golo, ficou também bem visível que a sua equipa melhora a forma de jogar de uma maneira abismal quando este está a 100% e coloca em prática todo o esplendor do seu futebol, porque, na minha opinião, não há ninguém no futebol inglês capaz de “pegar” no jogo da equipa e de fazer passes de ruptura tão criativos e inteligentes como este espanhol!
O colectivo do Blackburn mostrou que possui algumas dificuldades para jogar de forma mais apoiada e segura, utilizando por diversas vezes o passe longo que, na maioria dos casos, acabou por fazer com que a bola acabasse junto à equipa adversária, utilizou um bloco baixo, mas algo inseguro e foi notório que esta equipa depende excessivamente de rasgos individuais ou então de erros por parte dos adversários. Por outro lado, o seu adversário de hoje, denota uma capacidade tremenda para explorar o jogo entre-linhas e tendo uma enorme mobilidade por parte dos homens mais avançados, nomeadamente Arshavin e Robin Van Persie, torna-se muito mais fácil provocar desequilíbrios constantes, baralhando as marcações adversárias com esse tal jogo sem bola brilhante por parte dos avançados.
Com um forte e compacto ataque posicional, com médios na equipa como Diaby e Fabregas, que para além de serem bons executantes são, antes de mais, capazes de seleccionar as técnicas mais adequadas para responder às sucessivas exigências do jogo, com a utilização de passes de ruptura geniais e de triangulações espantosas em plena grande área adversária esta é a equipa que, para mim, mais se aproxima do “jogar” do Barça de Guardiola em todo o continente Europeu! Tenho também que deixar um pequeno elogio a Vermaelen, defesa-central belga, que em oito jogos já marcou quatro golos na Premier League. É bastante fácil detectar que este jovem de 23 anos tem um bom toque de bola e adora aparecer em zonas mais adiantadas do terreno para ajudar no processo de construção da equipa ou até mesmo para finalizar uma ou outra jogada!
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