Não é preciso dominar para vencer, capítulo CITY

Esta tarde foi possível assistir a um jogo bastante táctico, mas capaz de me colocar a vê-lo com enorme interesse e atenção, é por este tipo de jogos que o futebol é fabuloso, venceu a equipa mais eficaz e a mais matreira!

Com a zona do meio-campo muito congestionada, as duas equipas tinham que demonstrar alternativas fazendo jus ao pragmatismo e à eficácia, assim sendo, o City numa das poucas vezes que chegou à área adversária fez o único golo da 1ª parte num lance de bola parada. Stephen Ireland e Gareth Barry, jogando à frente da defesa, são dois autênticos pilares desta equipa de Manchester, muito evoluídos tacticamente, com um controlo de bola excelente e um jeito peculiar para iniciar o processo ofensivo, sem dúvida que temos aqui um bom exemplo de que a boa técnica pode e deve servir de base à táctica! Adebayor, um avançado com características muito raras no mundo do futebol, está sempre no sítio certo, mas este sítio certo não se limita à grande área adversária, ele desce até ao meio-campo da sua equipa e ajuda no processo de construção, consegue segurar a bola de forma quase irreal e é inteligente o suficiente para perceber quando deve progredir com a bola dominada ou quando deve abrandar o ritmo de jogo e fazer um passe de forma segura para uma zona mais recuada.

Principalmente no primeiro tempo, o Arsenal teve bastantes dificuldades para decidir o desfecho das jogadas no último terço do terreno, sempre com dificuldades para realizar o último passe, com muita indecisão por parte dos homens mais avançados e com o seu adversário a fechar-se muito bem, mostrando uma defesa à zona muito sólida e agressiva, a única opção para penetrar na defesa do City era utilizar a velocidade nos flancos, mas quando Diaby, Bendtner ou mesmo Cesc tentavam o cruzamento a jogada acabava de imediato, dado que os centrais do Man.City demonstram uma segurança enorme no jogo aéreo… Basicamente, tivemos um Arsenal dominador e um City controlador, usando e abusando de ataques rápidos e defendendo de forma excelente… É notório que Cesc Fabregas está em baixo e é óbvio que a equipa de Wenger sofre com isso, não só pelo equilíbrio táctico que o espanhol permite, mas também pela capacidade que tem para entender a melhor forma de se colocar no meio-campo adversário para provocar desequilíbrios, é um tecnicista inteligentíssimo! Tenho também que deixar uma palavra de apreço para a boa entrada de Rosicky, não só pelo golo marcado, mas também porque deu uma maior criatividade ao processo ofensivo dos gunners, a entrada do checo deveria mesmo ter acontecido antes, uma vez que era visível a falta de um criativo na equipa forasteira, um homem capaz de decidir o melhor a fazer nos diferentes momentos do jogo e realizar tal coisa de forma brilhante! Nos últimos 15 minutos, o Arsenal mostrou a sua qualidade ofensiva, tendo encostado o City bem atrás, porém, esse mesmo balanceamento ofensivo custou-lhes muito caro, dado que a equipa da casa aproveitou os espaços para se lançar em contra-ataque e decidir realmente o jogo…

1 comentário:

Leão da Madeira disse...

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