Um FC Porto sempre superior


O Futebol Clube do Porto sentiu algumas dificuldades nos primeiros minutos do jogo de ontem à noite, uma vez que o APOEL entrou bastante pressionante e agressivo sobre a posse de bola portista, não dando grande tempo para pensar e executar. Como complemento para a boa resposta cipriota tivemos um Porto, que mantendo níveis de intensidade altos desde o início, não esteve inspirado na gestão da sua posse. Aqui, tenho mesmo que deixar uma nota para Mariano pelas perdas de bola que acumulou, sucumbido à pressão do adversário e do próprio público. Por outro lado, Raúl Meireles fez, quanto a mim, o seu melhor jogo desta época, foi raríssimo vermos o português a falhar um passe, dando início às transições da sua equipa quase sempre da melhor forma, esteve bastante presente nas diferentes fases do encontro e "compensou" de certa forma o fosso criado por Mariano na zona intermediária.

O efeito do pressing da equipa portista foi evidente, o APOEL nunca conseguiu soltar-se em progressão, nunca conseguiu iniciar o processo de construção de forma concreta e, fundamentalmente, nunca conseguiu jogar e, por isso, foi sempre o Porto quem dominou, o golo dos cipriotas foi apenas um acaso. Com o 0-1 nada se alterou e, como era previsível foi de uma perda de bola que o empate portista surgiu, acerca dos erros no processo defensivo do APOEL, vitais na definição do jogo, importa dizer que são erros forçados, com muito mérito, portanto, para a atitude da equipa orientada por Jesualdo Ferreira. O empate marcou uma viragem emotiva no jogo, dando maior segurança à equipa portuguesa que passou a ganhar mais segundas bolas e a progredir de forma bem mais clara no terreno. A alteração táctica de Jesualdo ao intervalo, colocando Rodriguez no meio e Mariano na ala, melhorou significativamente o “jogar” da sua equipa, principalmente no que toca à criatividade e à velocidade do processo de construção, com Rodriguez mais recuado e mais no centro tornou-se mais fácil transportar a bola até zonas mais avançadas para provocar desequilíbrios e foi de fácil observação que com a desvantagem, o APOEL tentou alongar-se no campo e com isso permitiu que o Porto jogasse mais em transições e com bastante mais espaço, algo que não havia sucedido no primeiro tempo, até ao momento da expulsão de Mariano Gonzalez era iminente a existência de mais um golo para a equipa da casa!

Basicamente, o APOEL era organizado, mas denotou desde cedo muitas fragilidades no que toca ao primeiro passe. O Porto acabou por ganhar o jogo graças ao seu pressing, algo em que é muito forte, e aos erros do adversário. Nunca se conseguiu impor em posse, mas a vitória é algo incontestável, apesar da falta de imaginação e de criatividade da equipa também ser um pouco preocupante. Os médios, neste modelo de Jesualdo, são sempre jogadores com potencialidades para executar transições rápidas e qualquer jogador menos intenso tem dificuldades em impor-se, daí a diferença entre o Porto da primeira e da segunda parte. A grande excepção foi Lucho, cuja inteligência táctica foi suficiente para se impor. É necessário também deixar uma palavra para Hulk, a sua capacidade de explodir perante os adversário é genial e se nunca deixar de trabalhar e de se esforçar é garantida a ascensão mundial deste ainda jovem brasileiro!

1 comentário:

FNSP disse...

Boas, vinha propor-vos uma troca de links, eis o link do meu blog:

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Pedias-vos que passassem no Tactica 424 e dessem uma resposta, seja ela positiva ou negativa.

Aguardo uma resposta,

Cumprimentos ;)