Capacidade de sofrimento e crença acabam por vencer

MAS QUE JOGO - Haverá desporto mais espantoso!? O Manchester United venceu por 4-3 o seu rival Manchester City num jogo extraordinário e com uma diferença assustadora no rendimento das duas equipas nas diferentes partes da partida. Michael Owen e a sua equipa procuraram a felicidade e encontraram-na à passagem do minuto 96!

Durante todo o 1º tempo, o United não conseguiu surpreender o City, nem com o seu ataque posicional nem em transições rápidas, muito devido a uma circulação de bola lenta e a uma pouca mobilidade dos seus jogadores, é certo que também esteve sempre bastante lento a sair a jogar e foi completamente anulado pelo seu adversário durante os primeiros 45 minutos após o golo de Wayne Rooney. A equipa forasteira com Barry, Ireland e De Jong controlaram de uma forma fabulosa a zona intermediária e não deixaram os médios adversários ter a bola de forma concreta em zonas mais ofensivas. Tevez trabalhou imenso no último terço do terreno, ajudando no pressing e jogando também muito para a equipa, demonstrando toda a sua capacidade para ir à luta e o seu empenho, no 1º golo do Manchester City nota-se claramente esse espírito do argentino de 25 anos!

Ji Sung Park é tacticamente brilhante, não sendo dos mais evoluídos da sua equipa a nível técnico, é sem dúvida dos melhores a compreender o que deve fazer em todos os diferentes momentos do jogo, faz imensos quilómetros durante um encontro e faz esses mesmos quilómetros demonstrando qualidade em, praticamente, todos os seus movimentos… Fletcher, mesmo tendo marcado dois golos da sua equipa, não é nem nunca foi um jogador à altura para o 11 inicial do United na minha opinião, tem uma qualidade de passe assinalável e é bastante forte no jogo aéreo, mas em termos de posicionamento e de leitura do jogo deixa muito a desejar, não sendo também, nem de perto nem de longe, evoluído tecnicamente, sendo, sem qualquer dúvida, desajeitado em alguns movimentos… Kolo Touré dá uma segurança incrível a defender e demonstra também capacidade para ajudar no processo de construção da sua equipa! Tenho também de realçar a tão importante função de Rooney na equipa de Ferguson, ele é dos melhores avançados a jogar sem bola existentes no futebol europeu, abre espaços nas defesas contrárias com a sua enorme mobilidade e criatividade e permite nuances tácticas brilhantes ao “jogar” da sua equipa. Felizmente para o futebol, ainda não se nota a já longa idade de Ryan Giggs, a sua técnica, a sua inteligência e a sua qualidade de passe são, de facto, dignas de um jogador de TOPO, mas que prodígio galês… Evra fez também um jogo excelente, juntamente com Giggs no flanco esquerdo provocaram diversos desequilíbrios e deram muitas dores de cabeça a Micah Richards, estando inclusive os 3 primeiros golos da equipa da casa associados a este mesmo flanco. Nos últimos 30 minutos, o Manchester United mostrou a toda a gente a sua verdadeira capacidade ofensiva, circulação de bola fabulosa e veloz, trocas posicionais constantes, utilização eficiente dos flancos, bom entrosamento ofensivo, consistência técnica e táctica e uma não menos importante capacidade de sofrimento já depois dos 90 minutos, nunca perdendo o discernimento!

1 comentário:

Leão da Madeira disse...

novo passatempo chegou finalmente!


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