O mais discreto dos vencedores

Rui Faria: altamente fiel ou pouco ambicioso?

Eis uma das grandes questões que pairam sobre o seio da equipa técnica de José Mourinho. Rui Faria – desde os tempos mais discretos no União de Leiria até ao presente – sempre se destacou pela fidelidade e pela amizade para com o seu mestre. A minha dúvida reside na possibilidade de esta fidelidade ser um termo dúbio, "abafando" assim o seu receio em assumir responsabilidades mais altas. A falta de ambição é um preço que se paga bem caro quando se quer ser um líder e talvez seja mesmo esse o calcanhar de Aquiles do braço direito de Mourinho. Mas o reverso da medalha poderá também corresponder à realidade, sendo ele incapaz de abandonar o homem que lhe proporcionou momentos inesquecíveis no futebol. Se assim for, devo dizer que esta sua demonstração de fidelidade é, de facto, algo belíssimo e pouco visto neste desporto. Rui Faria enfatiza todo o trabalho do melhor treinador português e é considerado o seu maior (e talvez o único) seguidor. Eu acredito que num futuro próximo iremos poder ver em que patamar se situam realmente as competências do Rui.

Um líder nato já nasce líder, somente os traços de liderança podem ser ensinados.

6 comentários:

Manuel Oliveira disse...

Tiago, o futuro é que nos vai tirar essa dúvida.
Parece que não aceitou um convite do FCP, não sei se por fidelidade ou por falta de coragem.

Abraço.

Jorge D. disse...

Boas Tiago,

Já algumas vezes tinha pensado nisso. Porventura, não sabendo eu se é esse o caso, temos também de aceitar que poderá existir quem goste de ser T. Adjunto, sem que isso crie algum tipo de complexo, e não o faça sentir que "está na sombra".

Uma vez perguntaram a LFL quando assumiria algum papel em alguma equipa? A resposta dele vai de encontro ao que referi, disse que gostava mais de comentar que treinar! Pode parecer estranho, mas gostos não se discutem :)

Abraço,

http://centrodejogo.blogspot.com/

Tiago Nogueira disse...

Boa Tarde,

Sim, o caso do LFL é um excelente exemplo para demonstrar da melhor forma essa tua visão. Quanto ao dilema "fidelidade vs falta de coragem" resta-nos esperar para ver como irão evoluir as coisas no futuro. Sinceramente, penso que o Rui Faria ainda se vai tornar num excelente treinador principal.

Um grande abraço aos dois,

Tiago Nogueira

Jorge D. disse...

Também concordo que tem "saber" e experiências mais que suficientes para que se torne num bom T. Principal, a questão é mesmo perceber se isso será ou não um objectivo de Rui Faria.

Abraço, e parabéns pelo Blog!

http://centrodejogo.blogspot.com/

euclides disse...

Quando se tem paixão pelo trabalho que estamos a desenvolver ou pelo cargo que estamos a desempenhar em determinado contexto, penso que essas questões não se colocam na cabeça do Rui Faria, é óbvio que existe um misto de prazer e fidelidade, medo não acredito ( de que),de arriscar não me parece, os treinadores inteligentes sabem que no dia que começarem como principais existem três caminhos, o do sucesso imediato, o do sucesso com o tempo ou o insucesso e Ele sabe disto. O que me parece é que ele ainda sente muito prazer no que faz e isso meus amigos é o que cada um de nós gosta, sentir paixão pelo nosso trabalho e obviamente ser bem remunerado, mas como alguém já disse só o tempo nos elucidará .... um abraço a todos

saviolz. disse...

http://zdesportiva.blogspot.com/